Em tempos de convulsão social no Brasil, é muito saudável olhar um pouco
para a história e refletir.
A crise que se instala em nosso país está longe de ser apenas um problema gerado pela má administração de nossa atual governante, ou pelas consequências naturais da bomba-relógio plantada pelas últimas gestões. Estamos vivendo uma crise de identidade, não somente no que diz respeito a quem somos como nação, mas também e, principalmente, acerca de quem somos como seres humanos.
A crise que se instala em nosso país está longe de ser apenas um problema gerado pela má administração de nossa atual governante, ou pelas consequências naturais da bomba-relógio plantada pelas últimas gestões. Estamos vivendo uma crise de identidade, não somente no que diz respeito a quem somos como nação, mas também e, principalmente, acerca de quem somos como seres humanos.
As pessoas, mergulhadas em uma desorientação pós-modernista, caem no
vazio do relativismo, e como cegos tentando encontrar algo palpável, batem
umas nas outras sem saber se o que estão tocando é real, ou apenas mais um
truque daquilo que se apresenta como verdadeiro, mas que não passa de
mais uma verdade 'do outro'.
Escreveu Francis Schaeffer: “Na ausência de universais (absolutos), o que resta é o silêncio”. E dentro do silêncio, o que há? Há uma sociedade onde as pessoas não
conseguem conversar porque inexistem bases em comum para formar um
exercício dialético. Parece que começamos a enxergar os nossos semelhantes como
animais de outras espécies que querem devorar nossos filhotes para garantir a
sobrevivência. A tolerância transformou-se em distância, e mesmo cercados de
tanta gente (200 milhões no Brasil e 7 bilhões no mundo), tornamo-nos ilhas: ilhas de ideias e ideais, ilhas de possíveis absolutos incomunicáveis, ilhas de selvagens
que caçam seu alimento e que enxergam qualquer aproximação como suspeita de
roubo e assassinato.
A tolerância, enfim, se torna intolerância. Cada um tem sua verdade, que pode ser
capaz de fazer as transformações necessárias para um "mundo melhor". Porém, são
sempre soluções centradas no homem. (Maldito
o homem que confia no homem). E já está claro que é este o âmago da perseguição iminente que a Igreja está para sofrer no Ocidente. Pregar o
Evangelho, proclamar que há uma verdade inegociável à qual todos os homens
devem se curvar, e ainda ousar dizer que são fadadas ao fracasso todas as
ideologias que buscam findar a crise da humanidade no poder do próprio homem, são
ações que geram ódio contra a verdadeira Igreja de Cristo. E esse ódio certamente vai se desencadear em tempos de grande
tribulação para a Igreja.
E o que faremos em relação a isso? Vamos nos alegrar! Que grande
privilégio é ser perseguido por amor a Cristo! Jesus nos avisou: "Se me perseguiram, também perseguirão vocês" (João 15:20). E no sermão do monte, ele disse: "Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é o galardão de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês" (Mateus 5:12). Olhando para a história da
Igreja, aprendemos que tempos de calmaria são a exceção, e não a regra para os Cristãos.
Em pulos históricos, percebemos isso: os apóstolos, os pais da Igreja e os reformadores todos sofreram perseguição, tendo sido muitos martirizados. O maior genocídio da história da humanidade foi na União Soviética, onde 12 milhões de Cristãos foram mortos pelo regime socialista. No entanto, por mais forte que sejam as lutas, o Cristão não precisa se angustiar com as batalhas temporais, pois sabemos que a guerra já está vencida. O nosso reino não é deste mundo. Continuamos lutando como peregrinos em uma terra estranha, sabendo que o destino final já nos é garantido. Fazendo uma analogia com o futebol, é como entrar em campo sabendo que o jogo é ganho, mas que é necessário correr e suar a camiseta para chegar ao gol. (Aliás, goal, do Inglês, objetivo).
Em pulos históricos, percebemos isso: os apóstolos, os pais da Igreja e os reformadores todos sofreram perseguição, tendo sido muitos martirizados. O maior genocídio da história da humanidade foi na União Soviética, onde 12 milhões de Cristãos foram mortos pelo regime socialista. No entanto, por mais forte que sejam as lutas, o Cristão não precisa se angustiar com as batalhas temporais, pois sabemos que a guerra já está vencida. O nosso reino não é deste mundo. Continuamos lutando como peregrinos em uma terra estranha, sabendo que o destino final já nos é garantido. Fazendo uma analogia com o futebol, é como entrar em campo sabendo que o jogo é ganho, mas que é necessário correr e suar a camiseta para chegar ao gol. (Aliás, goal, do Inglês, objetivo).
Apenas para recapitular o nome e a vida de alguns dos Pais da Igreja, que viveram entre o século II e o século V, e aprendermos com sua perseverança:
- Inácio teve uma morte violenta, confessando que seu Senhor também
sofreu assim para trazer salvação à humanidade perdida.
- O autor da Epístola a Diogneto assim escreveu: "Os cristãos mostram amor a todos os homens - e todos os homens os perseguem. Eles são mal compreendidos e condenados; mas por sofrerem a morte, são despertados para a vida. Eles são pobres, mas enriquecem a muitos; carecem de tudo, mas possuem tudo em abundância. São desonrados, mas tornados gloriosos em sua desonra; caluniados, mas vindicados. Eles pagam calúnia com bençãos e abuso com cortesia. Pelo bem que fazem, eles sofrem açoites como malfeitores; e, sob, os golpes, eles se regozijam como homens que receberam vida nova...”
- Orígenes, o grande exegeta, quando em 249, um general romano chamado
Trajano Décio desencadeou uma perseguição violenta contra a igreja, foi detido, aprisionado e torturado. Sendo
liberado com a morte do general, veio a morrer mais tarde pelos resultados das
torturas,
- Cipriano teve de defender os Cristãos das perseguições que eram tão difusas quanto absurdas, ao
ponto de serem acusados até de canibalismo, como uma interpretação distorcida
da ordem do Senhor de “comer o seu corpo”e “beber o seu sangue”.
- Basílio de Cesaréia veio de uma família perseguida por causa do
Cristianismo, filho de confessores e de mártires.
- Patrício, foi levado cativo para Irlanda, e lá feito escravo. Tendo a
chance de retornar para Britânia, seu lar, decidiu voltar para a terra onde
sofrera escravidão para salvar os irlandeses; o que lhe custou, no mínimo, como
ele mesmo disse em sua Confissões,
duas prisões e doze situações reais de morte.
Temos evidências de que a Igreja Brasileira está às portas de um tempo de perseguição. Quão duradoura e quão severa será, não podemos dizer
ainda. Talvez sejam perseguições judiciais, talvez até de ameaças de vida, ou então um forte
desprezo social e marginalização. O importante é que estejamos intimamente
ligados ao Pai, cheios do Espírito, reproduzindo o caráter do Filho em nossas
vidas. O Deus Triúno derramará graça sem medida nos tempos de tribulação.
Eu vejo que, independente do que nos aguarda, é importante que nas
próximas décadas a Igreja no Brasil invista na formação de líderes preparados, com extenso
conhecimento e aprovados no caráter de Cristo. Quando todas as requisições de
movimentos e ideologias que agora ecoam em nosso pátria tiverem sido colocadas em prática
e se provarem insuficientes para construir um país justo, as pessoas estarão
sedentas por respostas e abertas ao Evangelho; e teremos a grande chance de transformar
o Brasil em uma nação verdadeiramente Cristã.
Que o Senhor nos abençoe e olhe com alegria para sua Igreja.