O que diferencia o Cristianismo de outras religiões? O que torna o Cristão realmente um Cristão? Qual é, afinal, a essência do Cristianismo?
Fruto do meu contato com outra cultura durante os dois anos em que vivi no exterior e do bom relacionamento com irmãos de outras igrejas, congregações e denominações cristãs (cada uma com seus costumes, convicções e doutrinas), minha mente é levada a indagar sobre essas questões.
Como resposta a minha inquietação, busquei a Deus, estudei a palavra e pesquisei sobre o assunto. A minha conclusão está no texto abaixo, que eu escrevi em maio de 2006 e revisei para republicá-lo neste blog.
O Cristianismo não pode ser resumido em uma lista de condutas: faça isto ou aquilo; muito menos em uma lista negativa: não faça isto, não faça aquilo. Muitas religiões fazem o bem e todas elas apresentam uma série de regras a serem seguidas. Todas as religiões apresentam uma lista do que não se deve fazer. Isso é bom, mas não é o essencial. Explico, agora, a razão.
Se analisarmos, dentre as muitas diferenças e semelhanças com outras religiões, apenas o Cristianismo nos apresenta uma palavra chave: RECONCILIAÇÃO. O homem pecou, foi destituído da comunhão plena com Deus, e agora carece de alguém que o reaproxime de seu criador. Logo, reconciliação com Deus é a essência do Cristianismo.
O Cristianismo tem como livro fundamental a Bíblia. Mas, no meio de tantas histórias, poemas, cânticos, profecias e passagens, qual a mensagem central das Escrituras? Pense na seguinte descrição linear:
1. Deus criou o mundo e o homem.
2. O homem pecou, e o pecado o afastou de Deus.
3. Deus escolheu uma nação, da qual viria aquele que iria cumprir a missão de nos RECONCILIAR com Ele - o Messias, o Cristo.
4. Nasce um Israelita chamado Jesus.
5. Jesus, o Cristo, morre pelos nossos pecados, vence a morte e ressuscita ao terceiro dia.
Dessa maneira, ao morrer por nossos pecados, Jesus Cristo se torna RECONCILIADOR da criatura decaída com o seu Criador, pois "sem derramamento de sangue não há remissão de pecados". A Bíblia é clara ao dizer que “todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Pecado, no Grego do Novo Testamento, pode também ser traduzido como “errar o alvo”. O alvo, o objetivo que Deus tinha quando criou o mundo era viver em harmonia com a excelência da criação, em perfeita comunhão com o homem. Porém, o homem caiu em desobediência.
No Velho Testamento, os judeus matavam animais para receber perdão pelos seus pecados - o salário do pecado é a morte, por isso havia a necessidade do derramamento de sangue, e os animais eram mortos no lugar do homem que comtera os pecados. Uma vez por ano, no entanto, uma ovelho imaculada, toda branca, pura, sem nenhuma mancha, deveria ser sacrificada pelo Sumo Sacerdote para que todo o povo fosse redimido de seus pecados. Deus se fez homem através da nação Israelita, e foi morto pelos de seu próprio povo, sem haver nele culpa ou dolo, uma ovelha sem manchas, sem pecado, e que derramou seu sangue pelos pecados da humanidade.
Jesus Cristo, assim, se tornou reconciliador universal entre Deus e os homens – pois derramou o seu sangue para “remissão de pecados”. Reconciliação com o Criador: essa é mensagem central do Cristianismo, pois apenas em Cristo há remissão de pecados. Muitas religiões fazem e pregam coisas boas, mas nenhuma aponta para a necessidade de reconciliação com o Criador. Somente o sacrifício de Jesus, o Nazareno, pode nos trazer perdão e conseqüente harmonia com Deus. Romanos. 5:6-10 diz:
"Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer. Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos RECONCILIADOS COM DEUS PELA MORTE DE SEU FILHO, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.E não somente isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a RECONCILIAÇÃO".
Evangelho é o mesmo que boas novas, ou boas notícias. No entanto, a boa notícia é precedida por uma má notícia: “Você é pecador e precisa se reconciliar com o seu Criador”. Logo após a má-notícia, as boas novas: “Jesus Cristo derramou seu sangue pelos teus pecados e você só precisa se arrepender e crer que Ele é o filho de Deus”.
I João 2:1 > “Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”.
Atos 10:43 > “Todo aquele que nele crê [em Jesus], recebe remissão de pecados”.
I Timóteo 2:5 > “Porquanto há um só Deus e um só MEDIADOR entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se entregou por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos”.
João 3:16 > "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único filho para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".
Se religião significa "ligar com Deus", a diferença entre o Cristianismo e outras religiões é simples: é á única e verdadeira religião, pois só ela aponta para Jesus Cristo, que é o único capaz de reconciliar a humanidade com seu criador. Jesus disse : "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim".
O que torna o Cristão um verdadeiro Cristão é o fato de ele ter reconhecido seu estado pecaminoso, ter se arrependido, crido que Jesus é o filho de Deus, sendo assim, verdadeiramente reconciliado com seu Criador.
E, por último, a essência do Cristianismo é viver e pregar a reconciliação do homem com Deus.