O SENHOR É O JARDINEIRO DO PAÍS

Conta-se que certo homem de Deus que vivia numa época muito conturbada de nossa história, de tal modo tomou sobre si o mal que minava o país, que chegou a incapacitar-se para o trabalho. Abatido e desanimado, e não podendo sofrer por mais tempo devido tantos males, resolveu deixar o país. Tendo embarcado, encontrou-se com um amigo que lhe perguntou: “Porventura você é o encarregado do governo do mundo?”. "Não", o pobre homem jamais havia tido tal pretensão. “Deus não se deu razoavelmente bem quanto ao governo do mundo antes do você nascer, e acaso não se sairá bem com ele após a sua morte?”. Essa simples pergunta levou o homem de Deus à reflexão e a compreender que não tinha razão para afligir-se daquela maneira. Permaneceu em sua terra e novamente começou a trabalhar para o Senhor. Igualmente, irmãos, cada um deve reconhecer o limite de sua responsabilidade. Não somos o Jardineiro; apenas Seus ajudantes, Seus subalternos, chamados a executar Suas ordens. Mesmo que não sejamos os encarregados da administração do jardim de Deus, estejamos seguros de que será mantido em bom estado.
Recorde-se que o Senhor é o Jardineiro, e sua agitação cessará.


*Trecho retirado do sermão "O Jardim de Deus", de Charles H. Spurgeon.

Eleição e Aliança no Antigo Testamento

O conceito de que Javé escolheu Israel para ser sua possessão é chamado “eleição”. A base da doutrina encontra-se no chamado de Abraão, quando a promessa de Deus é dirigida à “semente” ou descendentes de Abraão.
A eleição divina não é um ato arbitrário, ainda que Deus tenha tomado uma nação em detrimento de outras. A nova obra de redenção divina exigia um novo povo, daí o chamado de Abraão e a formação de uma nova nação a partir da família de Abraão.
Por causa dessa eleição, Israel devia destruir as nações na terra de Canaã. Não devia fechar tratados com elas. Não deveria haver casamentos mistos entre israelitas e os povos da terra. Isso só poderia fazer com que os israelitas deixassem Javé para servir outros deuses. Acima de tudo, deveriam destruir todos os símbolos religiosos dos cananeus. Essas obrigações parecem penosas. Uma vez que Javé é igualmente Deus de todas as nações e, portanto, todos os povos são igualmente suas criaturas, por que essas restrições pesadas?
Tais restrições precisam ser vistas da perspectiva correta, do contexto da eleição. Javé escolheu Israel e é o Deus de Israel. Deus não assume nenhum compromisso específico com outras nações, exceto o que está implícito  na aliança com Israel. Essa ideia básica de eleição está por trás das porções exclusivistas do Novo Testamento, tais como a diferença entre os seguidores de Cristo e o “mundo”
Mas esse conceito de eleição tem outra face. Havia outro propósito no fato de Deus escolher Abraão e seus descendentes: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). O ciúme de Deus para com Israel não brota de sua indiferença para com outros povos; antes, surge de sua preocupação de que Israel transmita a verdade divina aos outros povos. Se Israel não for cuidadoso para guardar a verdade que Javé revelou em palavra e em atos,  a verdade nunca chegará ao restante do mundo.
A palavra “aliança” desponta aqui e ali com frequência no Antigo Testamento. Embora seja às vezes descrita como um “contrato” ou “acordo”, a aliança bíblica é um tanto diferente. Um contrato implica reciprocidade: “pelo valor recebido aceito pagar...”. Se um dos contrastes deixa de cumprir sua parte, o outro fica desobrigado. Mesmo o tratado de suserania não é bem igual à aliança bíblica, embora pareça um paralelo mais próximo. Aqui, o governante venceu o povo vassalo e, portanto, impõe-lhe certas obrigações. Em troca promete prover os devidos benefícios. Ao contrário, a aliança bíblica, a relação entre Deus e seu povo escolhido, não se origina nem na reciprocidade nem na conquista. Ela começa no amor: “porque o Senhor vos amava...” (Dt 7.8). Assim mesmo que o povo falhe e não cumpra sua parte  da obrigação – como certamente fizeram  no deserto e ao longo da maior parte de sua história – , Deus não quebrará sua aliança (Dt 4.31).
Quanto aos profetas, a relação de aliança torna-se  a pedra fundamental de sua esperança. Uma vez que o Senhor deles é um Deus que guarda as promessas da aliança, os profetas sabiam que no final Deus devia redimir o povo, devolvê-lo à terra e estabelecer o rei no trono. Os elementos dessa esperança já estão presentes em Deuteronômio.
Não devemos, porém, supor que sobre Israel não se impunham obrigações. Na relação da Aliança, Javé honra sua parte (as promessas) porque ama e porque é Deus. O Senhor pode punir Israel por desobediência e até castigar gerações inteiras por incredulidade persistente, mas a aliança permanece em vigor – simplesmente por causa da natureza de Deus.
Israel, por outro lado, está obrigado pela honra a manter as exigências da aliança – não para colocar Javé em débito com Israel, mas porque Israel é o povo de Javé e deve agir de acordo com essa condição. Moisés apela ao princípio fundamental estabelecido em Levítico – “Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”(Lv 19.2).

“Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses  o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fosseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.” Deuteronômio  7.6-7



* Trecho selecionado de Introdução ao Antigo Testamento, de William S. Lasor, David A. Hubbard, Frederich W. Bush, pgs 131-133.

Pastores Solteiros VERSUS Pastores Casados: Aprenda de um Cara que foi Ambos

Solteiros ou casados fazem melhores pastores? O debate não é nada novo, ainda que tenha sido revigorado nos últimos anos. Historicamente, os homens solteiros predominavam. Ultimamente, o pêndulo escorregou para o outro lado, e alguns ainda sugerem que os solteiros não deveriam servir como pastores. Eu já tinha escrito em defesa dos solteiros no papel pastoral. Quando eu escrevi o artigo, eu tinha servido como pastor solteiro por 19 anos – 14 como pastor sênior.
Três anos atrás, algo especial e maravilhoso aconteceu comigo – eu me juntei ao time dos pastores casados. O lindo tsunami de ser pai recentemente também veio ao encontro de meu ministério pastoral.  Através disso tudo eu tenho visto as vantagens e as lutas de pastorear tanto como um homem solteiro quanto casado.
Eu não deveria ficar surpreso, mas minha experiência segue a análise que Paulo deu à questão de  casamento e ministério em I Coríntios 7: "Gostaria de vê-los livres de preocupações. O homem que não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, em como agradar ao Senhor. Mas o homem casado preocupa-se com as coisas deste mundo em como agradar sua mulher, e está dividido. Tanto a mulher não casada como a virgem preocupam-se com as coisas do Senhor, para serem santas no corpo e no espírito. Mas a casada preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar seu marido. Estou dizendo isso para o próprio bem de vocês; não para lhes impor restrições, mas para que vocês possam viver da maneira correta, em plena cosagração ao Senhor". 1 Co 7:32-35
Ambos os lados do debate sobre se homens solteiros deveriam ser pastores citam a famosa passagem. Ainda, Paulo não está defendendo um ou outro lado como certo ou errado. Ao invés disso, ele está dando um conselho apostólico sábio acerca de como o estado marital afeta a vida e a experiência ministerial. Permita-me apresentar os pontos relevantes em I Coríntios 7 entrelaçados com minha experiência. Esta lista certamente não é exaustiva, e os comentários sobre este artigo provavelmente incluirão muitas outras considerações dignas.

As Vantagens de ser Solteiro no Ministério

1.    Tempo
Quando meus interesses estão divididos, então meu tempo também está. Relacionamentos exigem tempo. Em meus anos de solteiro, Eu tinha uma quantidade enorme de tempo para usar com as pessoas, projetos, preparação de sermão, oração, e semanalmente com emergências e surpresas. Eu amava ser pastor, e a quantidade de tempo que eu podia colocar no ministério pastoral teria sido negligência pecaminosa da família para um pastor casado. Como exemplo, durantes meus anos de solteiro, eu gastava uma, duas, ou três noites por semana na casa de membros da igreja. Eu frequentemente tinha pessoas e grupos na minha casa, vez que estava sempre disponível. Agora que estou casado, essas atividades diminuíram por necessidade.
Pastor casado, você não conheceria melhor seu rebanho se gastasse centenas de noites nas casas deles e eles na sua? Pense em quanto bem um pastor poderia fazer se, de repente, o tempo gasto com o casamento e com os filhos fosse colocado na igreja. Este sermão está um pouco melhor? Esta exposição está mais completa? O pastor está um pouco mais presente nos momentos críticos da vida das pessoas? Os presbíteros e a equipe ganham um pouco mais de atenção pessoal?

2.    Energia
Relacionamentos demandam energia. Casamento demanda energia. Nós todos temos um suprimento limitado. Nos meus anos de solteiro, parecia que eu tinha energia quase sem limites. Claro, meu anos de solteiro foram também meus anos de mais juventude. Ainda, minha esposa e filho exigem energia e esforço. Eu dormia mais e melhor como solteiro. Malhar era mais fácil de encaixar no horário. Havia menos expectativa e tarefas domésticas.
Billy Graham reconhece essa diferença em uma carta ao seu amigo de vida John Stott. Ele disse, “Obrigado por sua carta de novembro. Apenas lê-la me deixou exausto! Como você faz isso, meu amigo? Se você tivesse uma esposa, cinco filhos, cinco noras e genros e 15 netos, seria muito mais difícil. Por favor, perdoe-me se eu não for capaz de acompanhar seu ritmo!”

3.    Foco
Paulo escreve em I Coríntios 7 que homens casados inevitavelmente “estão preocupados com as coisas do mundo”, mas os não casados são “livres das preocupações”. Minha experiência nas duas categorias definitivamente afirma esse ensinamento. Naqueles 20 anos de pastorado solteiro, meus pensamentos estavam substancialmente focados na igreja. Eu pensava sobre as questões do ministério constantemente.
Minha mente andava naturalmente com as soluções de problemas, criatividade, oração, preparação de sermões, e assim por diante. Aqueles pensamentos produziram visão, ensino e outros auxílios impensáveis que deram grande assistência à minha igreja.
O pastor casado tem muito mais a pensar a respeito de coisas de fora do ministério. Ele precisa pensar sobre sua esposa e as necessidades dela, seus filhos, se os tem, cuidados domésticos, problemas de saúde na família, resolução de conflitos, e as idas e vindas da vida familiar.  É simplesmente impossível para o pastor casado encontrar o mesmo foco mental e espiritual no ministério da igreja como são capazes de fazê-lo os pastores solteiros. Quem colhe os benefícios? É a igreja local.

As vantagens do Casamento no Ministério

As vantagens de ser solteiro não diminuem as vantagens do casamento, nem vice-versa. Aqui não temos um jogo de soma-zero. Paulo também chama casamento de dom, que também concede vantagens reais no ministério.

1.    Maturidade, Amor e Crescimento Espiritual
Eu começo com essa vantagem, porque é o mais importante pronunciado. Casamento cria momentos diários e tensões que mudam o homem. Ele não pode ser como ele era. Um homem não irá durar muito no ministério ou no casamento se ele não crescer em seu desejo e habilidade de agradar sua esposa. (I Co 7.33).  Essa é a alegria do amor. Os altos do casamento são maiores que qualquer coisa que eu tenha experimentado na minha vida de solteiro. Ainda, eu sou constantemente desafiado e confrontado com as exigências do casamento de morrer para si mesmo. Quando você é solteiro, você lê o ensino e pensa: “claro, eu entendi... sem problema”. Então o casamento coloca o dedo no seu próprio egoísmo e, ao menos para mim, não é bonito. O cenário traz mudanças, crescimento espiritual, maturidade, e um exército de outras qualidades pastorais úteis. Aqui o casamento faz o que nenhum seminário pode fazer.
Se é um marido de valor, ele aprende a se preocupar primeiramente com as necessidades de sua esposa. Essa é a essência do amor e a marca do ministério de entrega. Casamento é um forno. O homem vai para  o casamento feito de um arranjo de material, mas o calor e a pressão o mudam. O forno força a produção de qualidades que fazem não somente melhores maridos, mas também melhores líderes-servos.  Quanto melhor o marido, melhor o pastor, pois pastorear na essência é liderar e amar como servo.

2.    Desejo Sexual
Nossa cultura ocidental sexualizada relembra tanto a antiga Corinto que a carta de Paulo aos Coríntios torna-se hoje muito relevante. Pelo capítulo 7 de I Coríntios, desejo sexual é um fator importante nos argumento de Paulo para o propósito de casamento. Sexo no casamento é um direito mútuo e uma arma na luta contra a tentação sexual. Essa é, no mínimo, uma consideração quando se decide trocar o dom do celibato pelo dom do casamento. A liberdade sexual do casamento é de grande auxílio na luta por pureza, à medida que provê um cenário de santidade para o desejo sexual.
No ministério, solteiros são jogados em um estereótipo silencioso. Você pode ser visto com uma pessoa que ou não tem desejo sexual normal ou possivelmente desejos errados. Presume-se que o solteiro no ministério provavelmente tem algum problema com a sexualidade, porque pessoas normais casam para lidar com isso. Nessa perspectiva, um pastor solteiro é uma bomba-relógio, e é somente uma questão de tempo antes de ele ceder.
É mesmo? Deus não concede a graça que precisamos, inclusive em relação aos desejos sexuais? Lidar com desejos sexuais é uma questão do coração, e uma cerimônia de casamento não muda esse desafio. Existem muitos e muitos solteiros piedosos no ministério que estão honrando Deus com seus corpos. Eles têm desejos sexuais como qualquer ser humano saudável, mas são pacientes em esperar pelo contexto correto para expressá-los. Um pastor casado é abençoado por ter um lugar são para ir quando lida com os desejos sexuais.  Casamento não garante pureza, mas maravilhosamente dá provisão para ela.

3.    Amplitude Emocional e Empatia
O ministério pastoral trabalha com os pontos difíceis da vida, geralmente relacionados a casamento e criação de filhos. Enquanto a suficiência das Escrituras ensina que um pastor solteiro pode aplicar adequadamente a Palavra de Deus para toda a vida, ele pode ainda lutar  com  sabedoria que provém de experiência e empatia nessas categorias. Eu fui abençoado de suprir esse vácuo com colegas que eram melhores em ministrar com essas necessidades especiais do que minha situação de vida permitia. As alegrias e tristezas do casamento dão uma profundidade emocional e amplitude que as pessoas instintivamente sentem e podem associar. A vida de solteiro tem suas dores emocionais únicas, que Deus pode e irá usar; elas simplesmente são  mais estreitas e específicas. O pastor casado tem uma experiência emocional mais larga da humanidade e suas complexidades relacionais.


Sou feliz por ser casado. E foi uma alegria servir a igreja como um homem solteiro. Muito frequentemente este debate nos força  a escolher um dos lados. Mas a Bíblia não os hierarquiza: honra ambos os lados. A Igreja deveria fazer o mesmo. Como um homem que agora viveu nos dois mundos, eu clamo às igrejas e comissões de busca que avaliem homens para o ministério pastoral baseados em seu caráter, dons e maturidade, não em seu estado civil.
Nós podemos louvar a Deus por como ele poderosamente usa solteiros no ministério para fazer o que os homens e mulheres casados não podem. E nós podemos apreciar e agradecer profundamente pela maneira que Deus usa  o casamento para refinar e amadurecer o homem enquanto ele pastoreia sua família e seu rebanho.

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Steve DeWitt serve como Pastor Sênior da Igreja Bethel, em Crown Point, Indiana. Ele é blogueiro no It`s all About Him e autor de Olhos bem Abertos: Apreciando Deus em Tudo.

Artigo original no site do The Gospel Coalition.

"Em família", desligue a televisão

Na propaganda da nova novela da Rede Globo, em família, a personagem de Giovanna Antonelli resume, em um monólogo, a história de seu casamento. Ela fala que casou muito apaixonada e feliz, e, como todo mundo, pensou que 'seria para a vida toda'. No entanto, está em crise no matrimônio por conta de não estar mais recebendo a mesma atenção de seu marido que recebia quando era recém-casada. A solução apresentada é esta: “Eu não vou viver um casamento de aparências, como faziam antigamente. Vou viver minha vida e procurar a felicidade”.
Veja bem. Poucos dias após o primeiro beijo entre homens da teledramaturgia brasileira, em uma trama recheada de adultério, prosituição e assassinato, a Rede Globo põe no ar uma novela que ensina que o divórcio é a solução para a felicidade da mulher.
Não se disfarça mais, e nem se tenta justificar com meias palavras, que a emissora tem direção e propósitos bem definidos. A Rede Globo de Televisão está engajada em destruir qualquer resquício de valores familiares tradicionais da sociedade brasileira. Apenas pense no título dessa novela, “em família”, e na fala apresentada: "não vou fazer como faziam antigamente".  Dizer que não há intenção de ensinar ideias que afetem o conceito de família é como  querer provar que um jogador de basketball não quer marcar pontos quando arremessa a bola em direção à cesta.
Se você ainda está incrédulo sobre a engenharia social sendo executada pela Rede Globo, sugiro que separe onze minutos para assistir este vídeo que comenta o estudo encomendado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre o tema "televisão e divórcio: evidências das novelas brasileiras".  A conclusão da pesquisa é muito clara: a sociedade brasileira está sendo mudada pela remodelação da identidade da mulher através das tramas de novelas televisivas.  Isso é muito triste. O que deve nos deixar mais  atentos é o fato de o resultado ser celebrado, demonstrando que há um objetivo, e que este objetivo está sendo "bem sucedido". 
Para o Cristão, proibir as novelas da Globo dentro de seus lares passou a ser uma obrigação moral. Ou muito mais, ainda, não assistir essas novelas é um ATO DE AMOR À FAMÍLIA. Como pode um marido querer que sua esposa e seus filhos desenvolvam valores cristãos de família assistindo estórias que mostram ideias e comportamentos totalmente contrários ao que a Bíblia ensina acerca do assunto? É tão sem sentido como tentar ensinar sua prole a ser carinhosa enchendo-a de socos e pontapés.
Chegou a hora de os  líderes cristãos deixarem de lado qualquer receio de serem rotulados de legalistas. É preciso ensinar, até mesmo nos púlpitos, que é simplesmente incoerente e ilógico esperar que uma pessoa desenvolva valores bíblicos assistindo tal programação.
Se você quer que seu filho aprenda a nadar, matricule-o em uma escola de natação. Se quer que sua filha seja uma bailarina, leve-a a uma escola de ballet. Se você quer que seus filhos cresçam com valores totalmente contrários ao que a Bíblia ensina sobre família, sexo e casamento, reúna todos em volta da televisão para assistir as novelas da Globo.
A questão é muito mais profunda do que simplesmente perguntar: “assistir novela é pecado?”. Todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam, e não nos deixaremos dominar por nenhuma delas. O que devemos indagar é: “o que estamos aprendendo  ao assistir essas  novelas?“.
Deixo uma sugestão. Ao invés de ligar a TV à noite, que é o único horário em que a maioria das famílias pode se reunir em casa, faça um culto caseiro, conversando sobre o dia de cada um, lendo a Palavra de Deus e orando uns pelos outros. Doutrine sua família. Não permita que a televisão faça isso por você.
Faça um favor a si mesmo e à sua família (sem medo de ser chamado de chato, legalista, ou radical): exclua esses tipos de novela de dentro do seu lar, especialmente as da Rede Globo. Da mesma maneira, busque  sabedoria para decidir sobre a programação que vocês irão assistir.
Eu faço também um pedido a todos que tem o mesmo discernimento sobre a situação, que compartilhem, copiem e leiam para outros este texto. Conversem em amor e por amor com seus familiares, amigos e irmãos na fé a respeito do assunto.
E para os que, eventualmente, estejam passando por problema semelhante ao apresentado pela personagem, a Bíblia ensina que "o que Deus uniu, não separe o homem". Se o amor parece não mais ser suficiente para sustentar a aliança, lembre-se que é a aliança que sustenta o amor. Interceda diante de Deus pelo seu cônjuge, e peça ao Senhor que renove a alegria do seu casamento.

"Não percebem que o que entra pela boca vai para o estômago e mais tarde é expelido? Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e são essas que tornam o homem impuro. Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias. Essas coisas contaminam o homem.” Mateus 15:17-20