"Em família", desligue a televisão

Na propaganda da nova novela da Rede Globo, em família, a personagem de Giovanna Antonelli resume, em um monólogo, a história de seu casamento. Ela fala que casou muito apaixonada e feliz, e, como todo mundo, pensou que 'seria para a vida toda'. No entanto, está em crise no matrimônio por conta de não estar mais recebendo a mesma atenção de seu marido que recebia quando era recém-casada. A solução apresentada é esta: “Eu não vou viver um casamento de aparências, como faziam antigamente. Vou viver minha vida e procurar a felicidade”.
Veja bem. Poucos dias após o primeiro beijo entre homens da teledramaturgia brasileira, em uma trama recheada de adultério, prosituição e assassinato, a Rede Globo põe no ar uma novela que ensina que o divórcio é a solução para a felicidade da mulher.
Não se disfarça mais, e nem se tenta justificar com meias palavras, que a emissora tem direção e propósitos bem definidos. A Rede Globo de Televisão está engajada em destruir qualquer resquício de valores familiares tradicionais da sociedade brasileira. Apenas pense no título dessa novela, “em família”, e na fala apresentada: "não vou fazer como faziam antigamente".  Dizer que não há intenção de ensinar ideias que afetem o conceito de família é como  querer provar que um jogador de basketball não quer marcar pontos quando arremessa a bola em direção à cesta.
Se você ainda está incrédulo sobre a engenharia social sendo executada pela Rede Globo, sugiro que separe onze minutos para assistir este vídeo que comenta o estudo encomendado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre o tema "televisão e divórcio: evidências das novelas brasileiras".  A conclusão da pesquisa é muito clara: a sociedade brasileira está sendo mudada pela remodelação da identidade da mulher através das tramas de novelas televisivas.  Isso é muito triste. O que deve nos deixar mais  atentos é o fato de o resultado ser celebrado, demonstrando que há um objetivo, e que este objetivo está sendo "bem sucedido". 
Para o Cristão, proibir as novelas da Globo dentro de seus lares passou a ser uma obrigação moral. Ou muito mais, ainda, não assistir essas novelas é um ATO DE AMOR À FAMÍLIA. Como pode um marido querer que sua esposa e seus filhos desenvolvam valores cristãos de família assistindo estórias que mostram ideias e comportamentos totalmente contrários ao que a Bíblia ensina acerca do assunto? É tão sem sentido como tentar ensinar sua prole a ser carinhosa enchendo-a de socos e pontapés.
Chegou a hora de os  líderes cristãos deixarem de lado qualquer receio de serem rotulados de legalistas. É preciso ensinar, até mesmo nos púlpitos, que é simplesmente incoerente e ilógico esperar que uma pessoa desenvolva valores bíblicos assistindo tal programação.
Se você quer que seu filho aprenda a nadar, matricule-o em uma escola de natação. Se quer que sua filha seja uma bailarina, leve-a a uma escola de ballet. Se você quer que seus filhos cresçam com valores totalmente contrários ao que a Bíblia ensina sobre família, sexo e casamento, reúna todos em volta da televisão para assistir as novelas da Globo.
A questão é muito mais profunda do que simplesmente perguntar: “assistir novela é pecado?”. Todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam, e não nos deixaremos dominar por nenhuma delas. O que devemos indagar é: “o que estamos aprendendo  ao assistir essas  novelas?“.
Deixo uma sugestão. Ao invés de ligar a TV à noite, que é o único horário em que a maioria das famílias pode se reunir em casa, faça um culto caseiro, conversando sobre o dia de cada um, lendo a Palavra de Deus e orando uns pelos outros. Doutrine sua família. Não permita que a televisão faça isso por você.
Faça um favor a si mesmo e à sua família (sem medo de ser chamado de chato, legalista, ou radical): exclua esses tipos de novela de dentro do seu lar, especialmente as da Rede Globo. Da mesma maneira, busque  sabedoria para decidir sobre a programação que vocês irão assistir.
Eu faço também um pedido a todos que tem o mesmo discernimento sobre a situação, que compartilhem, copiem e leiam para outros este texto. Conversem em amor e por amor com seus familiares, amigos e irmãos na fé a respeito do assunto.
E para os que, eventualmente, estejam passando por problema semelhante ao apresentado pela personagem, a Bíblia ensina que "o que Deus uniu, não separe o homem". Se o amor parece não mais ser suficiente para sustentar a aliança, lembre-se que é a aliança que sustenta o amor. Interceda diante de Deus pelo seu cônjuge, e peça ao Senhor que renove a alegria do seu casamento.

"Não percebem que o que entra pela boca vai para o estômago e mais tarde é expelido? Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e são essas que tornam o homem impuro. Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias. Essas coisas contaminam o homem.” Mateus 15:17-20